As pessoas são tão monótonas hoje em dia, aborrecidas. São previsíveis e perdidas em certezas maniqueístas: bom e mau, democrata e fascista, liberal e conservador, poderoso e vítima, líder e seguidor. As suas mentes têm a profundidade de um copo de água, não têm foco, não lêem ou lêem lixo, vêem má televisão e não sabem que existe bom cinema ou teatro, desperdiçam a criatividade em porcarias, são quase sempre extremamente mal educadas e confundem isso com franqueza ou frontalidade.
As pessoas são tão monótonas hoje em dia, previsíveis. Conversas todas iguais, segundo meia-dúzia de padrões desinteressantes. Ideias pouco ou nada originais, embora nas suas mentes pequeninas sejam únicas. Aflitas em sobressair e mostrar como são diferentes de todos os outros, escondendo isso como um tesouro – porque ninguém as merece, só uma ou duas pessoas têm esse privilégio e são dignas de tal honra. Mas não se apercebem como isso é uma fantasia ridícula e há 8 mil milhões de pessoas num mundo hedonista.